Consciência
conhecimento não é aquilo que aprendemos ... mas sim no que nos tornamos

POPULATION AND METROPOLIZATION

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Gaia e SDi

Gaia e SDi

O Canal e o Caudal com outros estados



Nas imagens fotográficas muitas vezes observo a vontade das ligações á vida e da sua modelização. Por isso em tempos, havia povos que diziam que a fotografia captava a alma e por isso refugiavam-se, procurando não se expôr. Outros havia também, senão a quase totalidade, que se sentiam atraídos pela imagem, qual narciso no espelho das águas, esquecido dos outros e enamorado por si.
Realmente a imagem poderá captar a alma ... se a isso nos dispusermos em "atênção" e se fôr essa a nossa vontade.
Em tempos, parado numa mostra fotográfica, vi duas jovens senhoras no ínicio do século xx, por volta dos conturbados 1910 - 1920, em que ambas posavam para a máquina com uma vida tão ostensivamente "viva" que mais não fizeram do que estar do outro "lado" olhando para mim. Sém dúvida que o sorriso se me ficou ... quase a amá-la naquele breve lampejo duma vida que já fora tão real como a minha. Que força ... que mútua a "nossa" curiosidade, espelho dum espelho. Toquei-lhe naquele lampejo único e a imagem perdura ainda gravada duma memória esquecida para tantas outras coisas.

No entanto é da "graça", daquela coisa que por exemplo as grávidas possuêm e que se desconhece na sua profundidade das causas, mas que se sente tão fortemente quando o imenso mundo de paz "caminha" em nossa direcção.
Não sei se já se sentiram em estado de "graça" ... reservo-me pessoalmente a dizer que se sente se, por maiores dificuldades que se nos deparam, por situações fortes que noutras alturas seriam interpretadas de forma totalmente diferente, se por lidações com realidades que nos ultrapassam ou por circunstâncias para alêm do nosso controlo ... e tudo se encandeia num fluir dum comportamento com uma calma impressionante, quase determinada neste estado de paz interna ... que por vezes nos leva a um "canal" de grande dimensão. Se o espanto vos tomou alguma vez ... na surpresa do observado ... reparai que entraram dentro do momento, percisamente no "lapso" de tempo.
Por curioso a "graça" não é determinada pelo desejo, ou seja se a queremos e desejamos. Vem ter connosco quando é o seu tempo e se por acaso alguma vez vier.

Explicar o canal e o caudal !!! Explicar-me da inquietude e da beleza de provocar e entender a passagem do vai e vem do canal. Creio que existem muitas formas deste canal aparecer na nossa vida nas mais diversas construções.
Eu provoco-o e vou espalhando pela energia da personalidade sentida em verdade... mas rebelo-me por vezes.
Mas a sabedoria nem sempre é representada pela experiência, pois esta morre sempre com os homens. A sabedoria especial do entendimento ... essa flui sem a mente racional e analítica .... flui espontâneamente e nem sempre se explica pois obedece ao universo oculto do que devemos saber. Que mau hábito o da explicação em tudo ... nunca nos reservamos a desconhecer e a respeitar esse estado, que ás se revela se realmente têm de acontecer. Pior será tornamo-nos incultos em persistência na vida, cheios de livros e academismos, mas porventura com menos ciência do que o homem mais humilde.
Poe vezes a "atênção" e o "desprendimento" ajudam a sentir melhor a energia que flui de e para nós ...
Muitos nomes há ... para o canal, até felicidade se lhe pode chamar e decerto realiza a vida e esta projecta a universalidade do homem em tudo que o rodeia. Mas como persistimos no que melhor fazêmos, mesmo se no mal ???
Mas este canal que se abre e do qual grande parte das vezes detemos a sua chave ... têm em cada um a sua explicação e interpretação. O caudal é tão simplesmente a empatia e a força dos intervenientes ou das situações ...
Existêm canais por exemplo na natureza ... que são fortíssimos, vórtices de força ...

Por tempos ousados, em serra nocturna ... quando as sombras nos formam a imaginação ... e se sentem nas vozes o silêncio ... Por exemplo quando passeamos num castelo ... e pômos a imaginação fora da mente, as marcas ... os passos, tudo se revolve nas pedras salteadas de tantos passos ou outras aflições.
Por vezes imagino-me sitiado. Subam a um castelo e visualizem a situação ... e tudo explode em nossa direcção ...
Também na arte entramos em canal ... entramos em canal no que amamos ...
Recordo a parte que se me fica com as pessoas noutras paragens quando pela "alma" das fotos recordo os abraços e o sorrisos, os entendimentos. Entramos em canal quando compreendemos e nos deixamos ir ... e especialmente entramos em nós quando nos sentimos livres na acção e na espera num tempo certo ... que é a vida sentida ... veradeiramente sentida.
Como dizia kafka, sentado e tudo me acontece .... mas não possuo a preocupação, decerto de ser lido ou relido ...
o que me acontece está a acontecer, escrevendo ... mais nada desejo ... deixar o meu caminhar ... como quando andamos e o mundo é que se move.
SM, palavra fractal